terça-feira, 3 de junho de 2008

Série "fui eu que fiz" - Leandro Lopes

Nessa série, os jornalistas do Fiz + Sotaques falam sobre o que é participar do programa (sim, porque essa participação envolve sentimento).

Começamos por quem fez o filho, o diretor Leandro Lopes, que, entre outras coisas, é jornalista da Rede Minas.

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“QUE A CADA SÉCULO SE RETIRE OU SE ACRESCENTE UM GRÃO DE AREIA DOS INUMERÁVEIS QUE HÁ NA PRAIA” - Jorge Luis Borges

Já usei essa citação do Borges, eu sei. Mas ela é tão bela e se encaixa tão bem nesse projeto e no areal que ele já desenha, que Borges torna-se inevitável. O Fiz + Sotaques é um grão (embora cada vez mais tome proporções de uma duna) desses lençóis maranhenses de boas idéias. E ele surgiu assim, de um sopro, de um pingo que levado pelo vento litorâneo se esbarra na nossa testa. Fiz + Sotaques surgiu de um telefonema. Depois, de uma reunião. Depois, de bons contatos. Depois, de uma junção de boas experiências que o Laboratório do Rumos, do Itaú Cultural, proporcionou. Depois, de gente jovem (cabelo ao vento) reunida. E depois, ainda, uma insistência de fazer algo tão complexo e inusitado, acreditando-se e fazendo acreditar que era simples. Fatos poucos visíveis nessa pluralidade de sotaques que o produto final propicia aos seus telespectadores (ou seria teleinternautas?). O Fiz + Sotaques ainda é uma prova dos noves incompleta, em que se questiona o que é mais valioso: o processo ou o produto final? É bom que se diga que o processo desse produto é, sim, o atestado com firma reconhecida de que se está mudando o jeito de se fazer televisão no Brasil (ou no mundo?). Tenho muito orgulho do Fiz TV. Tenho orgulho do Augusto, da Lydia, da Marcelle, da Gilmara, da Tonica, da Gabriela... Tenho orgulho de tudo isso. E eles que contem suas experiências.

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