terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Programa n° 24

Para o Fiz + Sotaques, 2008 foi um ótimo ano: nascemos. O ano chega ao fim e todos colocam na balança tudo o que aconteceu. Retrospectivas não faltam, e todos discutem o ano que acabou, que "passou voando". Assustador? Para o último programa do ano, trazemos justamente essa discussão: por que temos medo do fim? Não só o fim do ano, mas o fim de uma etapa, de um relacionamento...

Bloco 1:


Bloco 2:

sábado, 13 de dezembro de 2008

Lei Rouanet e cultura

Aproveitando um tema de um dos programas desse semestre, que explicou o funcionamento da Lei Rouanet, o blog traz uma matéria muito interessante publicada nesta quinta feira na Folha Online sobre as captações de recursos e possíveis mudanças na lei.

11/12/2008 - 08h41
Orquestra Sinfônica Brasileira lidera captação pela Lei Rouanet


LARISSA GUIMARÃES
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Os recursos da Lei Rouanet, principal mecanismo para o financiamento da cultura no país, concentram-se nas mãos de poucos. Metade de todo o dinheiro que a lei torna disponível é captado por apenas 3% das empresas e entidades que apresentam projetos culturais em busca de patrocínio.

Dos 4.334 proponentes que no ano passado tentaram captar recursos pela Rouanet, 130 conseguiram R$ 483 milhões -quase 50% do total arrecadado (R$ 974 milhões).

A proponente com maior captação em 2007, com 100% de renúncia fiscal, foi a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira, com R$ 17,38 milhões. A Dançar Marketing e Comunicações, com projetos como o Telefonica Open Jazz e o Cine na Praça, ficou em segundo lugar, com R$ 11,54 milhões. Em terceiro, a Fundação Roberto Marinho, com R$ 9,95 milhões -dos quais R$ 8,61 milhões foram para o Museu do Futebol, em São Paulo.

O Ministério da Cultura e parte do setor cultural apontam essa concentração como uma distorção. A crítica é a de que apenas projetos de grande porte e maior apelo de marketing levam vantagem. Em 2007, por exemplo, só um terço dos projetos conseguiram captar dinheiro pela Rouanet.

Pela lei, projetos ou proponentes buscam o patrocínio de empresas, que podem abater todo o recurso ou parte dele no imposto devido. O percentual de abatimento depende da natureza do projeto. No caso de música erudita, por exemplo, 100% do valor patrocinado é deduzido. Para música popular, 30% é abatido em imposto, e a empresa desembolsa 70%.

"Hoje os índices de renúncia fiscal são pré-definidos, o que não estimula o desenvolvimento do setor cultural. Será que não há projeto na área de música popular que mereça um índice maior?", disse o ministro da Cultura, Juca Ferreira, durante debate com empresários sobre a Rouanet, na semana passada.

Para ele, o modelo de financiamento da lei faz com que haja um predomínio da renúncia fiscal. De cada R$ 10 captados pela lei, afirma, R$ 9 são de renúncia. "Parece dinheiro privado, mas não é. Criamos um vício de mecenato com dinheiro público. O índice de 100% deveria se tornar uma exceção."

Mudanças
O governo quer levar ao Congresso, em fevereiro, um projeto de lei para alterar regras da Rouanet, com novos critérios para a renúncia. A idéia, diz o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Roberto Nascimento, é estabelecer pontuações e pesos diferentes. "A pontuação envolveria, por exemplo, a venda ou não de ingressos no local de realização", afirma.

Outro ponto a ser alterado é o funcionamento do Fundo Nacional da Cultura (FNC), criado para captar e destinar recursos a projetos culturais. A proposta do ministério é criar fundos setoriais dentro do FNC, que movimenta cerca de R$ 180 milhões ao ano, para melhorar a distribuição do dinheiro e facilitar o planejamento.

Concentração
Representantes do setor cultural apontam a necessidade de mudar a lei do mecenato. O superintendente de atividades culturais do Itaú Cultural, Eduardo Sarón, diz que a lei é concentradora. Ele defende a manutenção do índice de 100% de renúncia fiscal para museus e aquisição de acervo, mas avalia que "para projetos grandes, consagrados, poderia haver contrapartida maior da iniciativa privada." O Itaú Cultural foi o proponente com maior contrapartida no ano passado.

Representante da maior incentivadora da Lei Rouanet no país, a gerente de patrocínios da Petrobras, Eliane Costa, também vê necessidade de mudanças. "A Rouanet foi uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento cultural do país, mas pode ser aperfeiçoada."
Voz dissonante, o diretor-executivo do MAM-SP, Bertrando Molinari, diz que a criticada concentração por Estados espelha os PIBs regionais. "A "concentração" pode estar distorcida: uma empresa com sede no Sudeste, por exemplo, pode disseminar suas atividades culturais nacionalmente."

Ele lembra que a Rouanet foi criada (em 1991) num ambiente de instabilidade econômica. "Mesmo assim, a lei passou bem por esses anos, assim como pelos últimos anos de estabilidade. Às vésperas da crise, talvez merecesse mais uma oportunidade de ser testada."

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Programa n° 23

Já dizia Camões que "amor é fogo que arde sem se ver". Muitos anos depois, Caetano cantava os caracóis dos cabelos da amada. O amor é assunto recorrente na música, na poesia, nos contos, na prosa... Por que todos falam de amor? O artista é mais sensível para uma emoção tal forte ou o amor vende?

Bloco 1:



bloco 2:

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Amor e arte

Por que o amor é um tema tão recorrente na arte? Não perca, no Fiz + Sotaques dessa semana. Hoje, às 21h15min, no FizTv.


domingo, 7 de dezembro de 2008

Mulher e o mundo

Já que o assunto é mulher e sociedade, vai aqui uma matéria do diretor do Fiz + Sotaques, Leandro Lopes, na qual ele mostra como as mulheres vão conquistando seu espaço no mercado de trabalho. Apesar das diferenças (afinal, elas ganham 5% a menos que os homens), elas mostram sua independência.

LUGAR DE MULHER É... NO COMÉRCIO E NA INDÚSTRIA

Mulheres são cada vez menos donas de casa e cada vez mais donas de seus próprios narizes, em especial, no mercado automobilístico

Por Leandro Lopes

‘Sabem quando a mulher vai ganhar seu lugar ao sol? Quando inventarem cozinha com teto solar!’; ‘O que uma mulher faz na sala? Turismo. Deveria estar na cozinha!’. Pode até soar engraçado, mas as infames piadas só contribuem para propagar preconceito e não, definitivamente, não correspondem com o cenário econômico atual. Em 1976, as mulheres eram 29% da população economicamente ativa no país. Hoje, 44%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, dos 10,1 milhões de postos de trabalho abertos no Brasil na década de 90, quase 7 milhões foram ocupados pelo ‘sexo frágil’.


Mas a conquista deste espaço não se deu entre um nascer e um pôr-do-sol. Ainda hoje os preconceitos se mantêm e a conquista de respeito é um processo mais lento e trabalhoso quando comparado as classes masculinas. Imagina então quando estamos falando de um espaço predominantemente e historicamente dominado pelos homens, como é o caso da indústria e do comércio automobilístico? O que você faria se soubesse que seu carro teve que ser aprovado em diversos testes por uma mulher antes de sair da fábrica?


Há pouco mais de um ano, a Volkswagen do Brasil incorporou na equipe de testes de rodagem, cinco mulheres que avaliam diariamente ruídos, dirigibilidade e as funcionalidades dos carros antes que eles sejam entregues aos seus clientes. Detalhistas, elas realizam todo o percurso em busca de qualquer imperfeição que possa ter acontecido no momento da fabricação. Em média, cada uma delas avalia 50 carros diariamente. “Algumas pessoas ainda estranham quando conto que dirijo o dia todo. Mas somos tão capazes quanto os homens e, às vezes, até mais detalhistas”, explica Pamela Barrosi. “Quando acordo pela manhã nem parece que estou vindo para a fábrica. Eu me divirto fazendo este trabalho”, diz Fabiane Souza.


Outro bom exemplo é Tatiana Lima, que aos 23 anos, ocupa o cargo de líder de célula na montagem final da fábrica Volkswagen. Ela comanda mais de 50 pessoas, quase todos homens. “Há uma valorização do perfil feminino e batalhei sempre pelas oportunidades que me ofereceram. Fui conquistando espaço e respeito com meu trabalho”, afirma.


Renata Pereira começou na fábrica da Fiat em Betim, Minas Gerais, como estagiária, mas sete anos depois, de degrau em degrau, chegou a diretoria de desenvolvimento e vendas de Mercado Externo. “Eu sempre quis arriscar e sempre olhei para a cultura masculina do setor automotivo como um desafio”, explica o sucesso.

Embora pareçam inusitadas, essas conquistas são cada vez mais comuns. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, as principais montadoras do país já empregam mais de 6500 mulheres. Pode parecer pouco, mas é gigantesco quando comparado há menos de cinco anos.


TAL INDÚSTRIA, TAL COMÉRCIO
A conquista das mulheres no ramo automobilístico vai além da esteira de montagem, da mecânica. Enfim, da indústria. Elas também ganham espaço no comércio, nas negociações e no dia-a-dia do setor de locação. Alcançam cargos poderosos e até investem em seus próprios negócios. Maria Aparecida, hoje proprietária da Sólida Locadora de Veículos, em Belo Horizonte, abriu sua empresa em sociedade no ano de 1992 com apenas seis carros usados. “Ficamos, eu e meu sócio, trabalhando quase cinco anos sozinhos e ele tinha um cuidado para deixar transparecer minha competência para os clientes. Isso me ajudou muito”, relembra.
Para Joana Chellini, da Chellini Locadora, o início ainda foi mais difícil. Ela começou sua empresa com apenas um carro financiado e, para pior, a falta de conhecimento no setor acarretou prejuízos. “Por falta de experiência, comecei a levar canos e fiquei decepcionada, mas nunca desisti”, recorda.


Maria Aparecida cita um exemplo que reflete a mudança comercial dos últimos anos. “Quando começaram as reuniões para formação do SINDLOC-MG, eu chegava a ficar constrangida porque quase não tinha mulher. Agora, a gente vai a qualquer evento ou reunião e o número feminino é bem maior. É uma mudança dos tempos, tanto para homens quanto para mulheres. Está havendo um equilíbrio e se está colocando fim aquelas histórias de que isso é para homem e isso é para mulher”.


PRECONCEITO
A mulher parece, hoje, se sentir mais confortável em seu ambiente de trabalho. Mas para nenhuma a caminhada foi simples. “Já tive funcionário que me ameaçou e cliente que chegou a dizer que iria me bater. Demorei muito para aprender a me impor. Antigamente, quando o cliente gritava no telefone, eu tinha vontade de me esconder debaixo da mesa. Agora, eu exijo respeito e o enfrento”.


Já Renata Pereira não concorda com o termo preconceito. “Existem restrições porque a indústria e o comércio automobilístico sempre foram dominados pelos homens. Mas não é por preconceito, e sim por fatores históricos”. Com ou sem preconceito, mulheres como Renata, Maria Aparecida, Fabiane, Pámela, Joana, e tantas outras, exerçam hoje, talvez, mais do que um importante cargo nas suas empresas, e sim, um importante papel na história econômica do país.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Programa n° 22

O Brasil é conhecido internacionalmente pela beleza de suas mulheres. Entretanto, temos visto algumas coisas por aí que comparam a mulher como fruta, expõe-se seu corpo como em feiras, tratam-na como mulher-objeto... como a imagem de quem não tem nada a ver com as mulheres da mídia é afetada com isso? Como os estereótipos e preconceitos regem a nossa cultura e sociedade? Essa é a discussão da vez no Fiz + Sotaques.
Bloco 1:


Bloco 2: