segunda-feira, 30 de junho de 2008

Programa nº 4!

A quarta edição do Fiz + Sotaques segue discutindo a invisibilidade dos moradores de rua. Eis a primeira parte:



A segunda, agora:

terça-feira, 24 de junho de 2008

Série "fui eu que fiz" - Marcelle Souza

Marcelle Souza, estudante de jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), conta como se sente fazendo parte do Fiz + Sotaques:

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O desafio de encurtar distâncias

Fulano (Fernanda, te amo!) diz:
Hei, o que está fazendo essa hora no MSN, menina?
. celle (ocupada) diz:
Estou em reunião.
Fulano (Fernanda, te amo!) diz:
Aff! Pára! Sério? E com quem?
. celle (ocupada) diz:
Com pessoas de outros Estados. É reunião pra decidir a pauta da semana.


É assim que a segunda-feira começa: com reunião! Mas não se engane, o clima descontraído do MSN não tira a seriedade do que estamos trabalhando. O que vamos falar? Como? Quem serão os entrevistados? E as imagens? Melhores perguntas? Foco, foco, foco...

Trabalhar com pessoas tão distantes é um desafio. Imagine, decidimos as pautas, mas cada um sai com sua câmera na mão e encontra personagens e entrevistados totalmente diferentes. A distância deve ficar curta e as entrevistas devem se cruzar. E não é que se cruzam mesmo?

Às vezes, vejo o resultado final e penso: “Puxa, que legal. O cara que a Lydia entrevistou lá em Bauru completou a fala do entrevistado do Augusto de Santa Maria!”. São sempre desafios e descobertas. A gente se diverte com a troca de experiências, com os erros de quando a pauta não se encontra, mas também com os acertos de entrevistas que se completam.

O resultado é sempre bacana. Um diferente do outro, falando sotaques diferentes, construindo um programa com a nossa cara. Jovens jornalistas em busca do sonho de fazer diferente.
É, ainda temos muitas noites de reunião pela frente.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Programa nº 3!

A terceira edição do Fiz + Sotaques discute a invisibilidade dos moradores de rua. Eis a primeira parte:



A segunda:



Como você viu ao fim do segundo bloco, o tema dessa edição terá continuidade. O segundo programa sobre os invisíveis vai ao ar semana que vem.

sábado, 21 de junho de 2008

Supertextos

Como não exploramos completamente as possibilidades multimidiáticas de expandir neste blog a pauta sobre o meio ambiente, não dá para chamar os links abaixo de hipertextos.

São, sim, supertextos! Súper mesmo, porque nos serviram de base para a formulação da pauta. Vale a pena lê-los:

Marketing Verde, a oportunidade para atender demandas da atual e futuras gerações.
Por Marilena Lino de Almeida Lavorato.

Entrevista com Amyra El Khalili
(Que foi nossa entrevistada no programa)

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Sugestão ecologicamente correta: leia os textos na tela mesmo, não os imprima!

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Aliás, faça que nem as empresas de aviação, que não estão mais imprimindo os bilhetes de viagem. Veja aqui!

Alguém me alertou, porém, que a economia de papel (e, em conseqüência, de dinheiro) é que norteia a ação dessas empresas, não a ação ecológica. De início discordei, mas depois tive que dar o braço a torcer. Afinal, para ter um comprovante de que comprou a passagem, o candidato a passageiro terá que imprimir em casa o bilhete. Ou seja, é ele que vai pagar a conta.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Programa nº 2!

Está no ar a segunda edição do Fiz + Sotaques. Desta vez, o programa discute o marketing verde.

A primeira parte do programa:



E agora a segunda:

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Mesmo depois de ir ao ar, a pauta continua...

Quando estamos envolvidos com a produção de um programa, é natural que todas as nossas atenções estejam voltadas para o assunto da pauta. Acontece, então, que muitas vezes ouvimos/lemos/assistimos a informações aqui e acolá que vêm a acrescentar na pauta original, modificando-a ou ampliando-a.

Mas e quando isso acontece após o programa estar pronto?

No nosso caso, este blog é a solução. Aqui postaremos ampliações e desdobramentos das pautas abordadas no Fiz + Sotaques.

Sobre o programa de estréia, que abordou os diversos sotaques do Brasil: alguns dias antes do programa ir ao ar (portanto, já finalizado), escutei uma observação muito perspicaz de um radialista daqui de Porto Alegre. Trata-se do Éverton Cunha, vulgo Mr. Pi de Pijama, que apresenta o Pijama Show, na Rádio Atlântida.

Pois o Mr. Pi propôs discutir sobre sotaques no programa daquele dia, fazendo uma observação muito pertinente: ele diferenciou os sotaques que são aprendidos naturalmente/involuntariamente daqueles que são aprendidos por adesão.

Explicou ele assim: aquele sotaque gaúcho marcado pelo "leitE quentE", ou seja, o "E" bem pronunciado, é um sotaque aprendido naturalmente e de maneira quase involuntária. Quer dizer, no interior do estado, as crianças crescem escutando seus pais e avós falando assim, e para elas não existe outra opção de falar. Quer dizer, elas falam assim, porque é assim que se fala.

Muito diferente do que ocorre com o tal "sotaque do Bonfim". Acho que o Brasil inteiro conhece esse sotaque. Ele foi popularizado pelo personagem Magro do Bonfa, interpretado pelo humorista André Damasceno na Escolinha do Professor Raimundo. É aquele tipo de fala que identifica muito claramente um certo nicho de moradores de Porto Alegre, especialmente moradores do bairro Bom Fim e estudantes de algumas faculdades específicas.

Para quem não lembra, eis a primeira aparição do Magro do Bonfa na Escolinha:



Esse é um exemplo de sotaque aprendido por adesão. Por quê?

Porque, se você for na casa de uma família em Porto Alegre, você não vai escutar o avô dizendo: "guri, vamu fazê um churras aí... Bah, que tal aquela mina..." Nem o avô, nem o pai, nem a mãe, nem a tia. No entanto, é um modo de falar muito característico da cidade. Por quê?

Porque, defende o Mr. Pi, esse sotaque é aprendido durante a adolescência e a juventude, pelo convívio com certos grupos de amizade. O jovem porto-alegrense, portanto, aprende a falar assim porque seus amigos falam assim. Ele fala assim porque isso cria identidade.

Essa sutil diferenciação feita pelo Mr. Pi poderia ser usada em uma outra discussão sobre sotaques. Ou poderia estar no nosso programa de estréia, se eu tivesse escutado antes.

Foi o que pensei quando escutei o programa no rádio.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Série "fui eu que fiz" - Gabriela Stripoli

Com a palavra, a repórter do Fiz + Sotaques Gabriela Stripoli, estudante de jornalismo na UNESP:

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Viva a tecnologia!

O que um entrevistado espera de um repórter que se apresenta com uma câmera digital na mão e mil idéias na cabeça? Desconfiança que eu não encontrei ao entrar para o Fiz + Sotaques, pelo convite de uma amiga de faculdade. Iniciativa, vontade e acima de tudo muita confiança no nosso trabalho, cuja proposta é justamente explorar a facilidade que a tecnologia nos proporciona atualmente.

É fácil ter acesso a câmera? Então vamos filmar. A internet está disseminada? Então vamos nos comunicar. Divulgar um produto jornalístico de qualidade na rede, com temas relevantes, aproveitando o canal que o Fiz Tv oferece. Simples.

Com orgulho, quando o entrevistado mostra desconfiança, encho o peito e digo que assim como eu, outras pessoas estão em vários cantos do país com a mesma câmera na mão e as mesmas boas idéias na cabeça. E assim nasce o Fiz + Sotaques, que acima de tudo quebra a simplicidade do conteúdo na rede. É difícil, porém, apaixonante e envolvente - tanto que já me envolvi com os outros jornalistas que (ainda) não conheço pessoalmente.

Extras sobre sotaques

Durante o processo de fazer um programa de televisão, os repórteres captam muitas imagens e a maioria (das imagens, não dos repórteres) não vai ao ar. Não por ser um material ruim, mas porque o processo de edição da matéria envolve escolhas que exigem esse descarte. Ainda mais em se tratando de um programa feito por repórteres de vários lugares, ou seja, o vídeo tem de ser pensado numa costura coesa de muitos materiais diferentes.

Aqui no blog do Fiz + Sotaques esse material extra produzido tem a chance de não se perder.

Para começar a seção "Extras", publico aqui o vídeo com depoimentos de gaúchos, que captei nos estúdios do programa Galpão do Nativismo, apresentado pelo Dorotéo Fagundes, na Rádio Gaúcha. Você perceberá que apenas os depoimentos do Sérgio "São Borja" e do João Osório aparecem na edição final do programa de estréia, sobre os sotaques do Brasil. (Não confundir com as entrevistas "sobre" sotaques. As entrevistas com os gaúchos, que seguem abaixo - as entrevistas, não os gaúchos -, têm a intenção apenas de exemplificar, mostrar sotaques como são na realidade.)

Aparecem no vídeo acima, pela ordem: Leandro Molina, Sérgio "São Borja", César Garibotti e João Osório Marques Ribeiro. No fim, há imagens da transmissão ao vivo do programa Galpão do Nativismo, gravadas no estúdio.

Nossos agradecimentos a todos que aparecem no vídeo e que colaboraram com o programa!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Programa de estréia!

Para quem não conseguiu assistir à estréia do Fiz + Sotaques no aparelho de televisor e também não consegue encontrar o programa naquele mar de vídeos do Fiz Tv, ei-lo!

O programa está dividido em duas partes. Esta é a primeira:



Esta é a segunda parte:

terça-feira, 3 de junho de 2008

Série "fui eu que fiz" - Leandro Lopes

Nessa série, os jornalistas do Fiz + Sotaques falam sobre o que é participar do programa (sim, porque essa participação envolve sentimento).

Começamos por quem fez o filho, o diretor Leandro Lopes, que, entre outras coisas, é jornalista da Rede Minas.

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“QUE A CADA SÉCULO SE RETIRE OU SE ACRESCENTE UM GRÃO DE AREIA DOS INUMERÁVEIS QUE HÁ NA PRAIA” - Jorge Luis Borges

Já usei essa citação do Borges, eu sei. Mas ela é tão bela e se encaixa tão bem nesse projeto e no areal que ele já desenha, que Borges torna-se inevitável. O Fiz + Sotaques é um grão (embora cada vez mais tome proporções de uma duna) desses lençóis maranhenses de boas idéias. E ele surgiu assim, de um sopro, de um pingo que levado pelo vento litorâneo se esbarra na nossa testa. Fiz + Sotaques surgiu de um telefonema. Depois, de uma reunião. Depois, de bons contatos. Depois, de uma junção de boas experiências que o Laboratório do Rumos, do Itaú Cultural, proporcionou. Depois, de gente jovem (cabelo ao vento) reunida. E depois, ainda, uma insistência de fazer algo tão complexo e inusitado, acreditando-se e fazendo acreditar que era simples. Fatos poucos visíveis nessa pluralidade de sotaques que o produto final propicia aos seus telespectadores (ou seria teleinternautas?). O Fiz + Sotaques ainda é uma prova dos noves incompleta, em que se questiona o que é mais valioso: o processo ou o produto final? É bom que se diga que o processo desse produto é, sim, o atestado com firma reconhecida de que se está mudando o jeito de se fazer televisão no Brasil (ou no mundo?). Tenho muito orgulho do Fiz TV. Tenho orgulho do Augusto, da Lydia, da Marcelle, da Gilmara, da Tonica, da Gabriela... Tenho orgulho de tudo isso. E eles que contem suas experiências.