sábado, 14 de março de 2009

Mais um fim de temporada

Após 30 programas, o Sotaques se despede do FizTv com um saldo positivo. Desde junho de 2008, transitamos em assuntos como cultura, meio-ambiente, economia, literatura, sociedade, esportes...

A partir de agora, vamos fazer uma retrospectiva, repostando alguns programas que marcaram esses oito meses de produção colaborativa. Vamos também alimentar discussões pertinentes aos temas já tratados por nossa equipe.

Ideias não faltam. Estamos trabalhando em novas edições para contribuir com um jornalismo no plural, do qual fazem parte sotaques do Brasil - e por que não? - do mundo inteiro.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Programa nº 30

O Fiz + Sotaques encerra esta temporada com uma provocação à curiosidade. Por entre as estantes empoeiradas de livros, os sebos são um convite à pesquisa e à leitura, fazendo-nos embarcar além das palavras escritas. Entramos na história de cada exemplar, às vezes histórico. Livros velhos ou raros, “o sebo é a verdadeira democracia, para não dizer: uma igreja de todos os santos, inclusive os demônios...”, como disse Drummond.

Bloco 1:


Bloco 2:

segunda-feira, 2 de março de 2009

Programa nº 29

Luís da Câmara Cascudo escreveu no seu Dicionário do Folclore Brasileiro: “Difundido por todos os cantos do Brasil, o Carnaval vem sofrendo modificações acentuadas em relação às festas tradicionais”. Uma semana após o festejo considerado um símbolo da cultura brasileira, a gente questiona: que mudanças são essas? Será que podemos falar em sentido religioso distorcido?

Bloco 1:





Bloco 2:



Novelas e divórcio

Para você, que ainda resiste em admitir a influência da teledramaturgia na vida dos brasileiros, segue abaixo uma matéria da BBC Brasil que relaciona as novelas com a vida particular. Segundo a pesquisa, as novelas influenciam o número de divórcios no Brasil.

Estudo do BID relaciona novelas a divórcios no Brasil

Fonte: BBC Brasil

Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as populares novelas da TV Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas.

Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informações extraídas de censos nos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expansão do sinal da Globo – cujas novelas chegavam a 98% dos municípios do país na década de 90.

Segundo os autores do estudo, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna disponível” nas cidades do país.

Além disso, a pesquisa descobriu que esse efeito é mais forte em municípios menores, onde o sinal é captado por uma parcela mais alta da população local.

Instrução
Os resultados sugerem que essas áreas apresentaram um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos que são divorciadas ou separadas. "O aumento é pequeno, mas estatisticamente significativo", afirmou Chong.

Os pesquisadores vão além e dizem que o impacto é comparável ao de um aumento em seis vezes no nível de instrução de uma mulher. A porcentagem de mulheres divorciadas cresce com a escolaridade.

O enredo das novelas freqüentemente inclui críticas a valores tradicionais e, desde os anos 60, uma porcentagem significativa das personagens femininas não reflete os papéis tradicionais de comportamento reservados às mulheres na sociedade.

Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% eram infiéis a seus parceiros.

Nas últimas décadas, a taxa de divórcios aumentou muito no Brasil, apesar do estigma associado às separações. Isso, segundo os pesquisadores, torna o país um “caso interessante de estudo”. Segundo dados divulgados pela ONU, os divórcios pularam de 3,3 para cada 100 casamentos em 1984 para 17,7 em 2002. “A exposição a estilos de vida modernos mostrados na TV, a funções desempenhadas por mulheres emancipadas e a uma crítica aos valores tradicionais mostrou estar associada aos aumentos nas frações de mulheres separadas e divorciadas nas áreas municipais brasileiras”, diz a pesquisa

Sugestão da repórter Marcela Heitor