quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Tantos números... para quê?

No dia 29 de setembro, a 14ª edição do Fiz+Sotaques falou da quantidade de estatísticas e números presentes nas matérias do jornalismo diário. Taxas, porcentagens, tudo isso para quê?

Eis que hoje, na home do UOL, deparo-me com uma matéria que me chama a atenção por conter três números no título. E, novamente, a matéria recheada de estatísticas.

Quando o jornalismo vai se livrar de tantos números? Quantos números são necessários para credibilizar uma informação? A matéria, embora na home do site, é de um veículo especializado em economia. O leitor comum, ao lê-la, depara-se com tantos dados que são impossíveis de recordá-los depois. Não questiono aqui a qualidade da matéria, mas sim retomo a discussão já proposta por nossa equipe de reportagem... assista aqui o programa.

E leia aqui a matéria.


15/01/2009 - 11h05
Inadimplência dos brasileiros sobe 8% em 2008, maior alta desde 2006

InfoMoney

SÃO PAULO - A taxa de inadimplência dos brasileiros apresentou alta de 8% em 2008, revela o "Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física", divulgado nesta quinta-feira (15). Segundo o levantamento, a alta é a maior desde o acumulado de janeiro a dezembro de 2006, quando a evolução foi de 10,3%.

De acordo com os técnicos da Serasa, a inadimplência das pessoas físicas em 2008 refletiu a diminuição da renda disponível dos consumidores, que foi afetada pela inflação nos itens básicos, pelo crescente endividamento por parte da população em prazos mais longos, pela elevação dos juros, desde abril, e pela piora das condições de crédito no último trimestre de 2008.

Tipos de dívidas
Mais uma vez, as dívidas com os bancos permaneceram em primeiro lugar no ranking de representatividade: a participação desta categoria foi de 43,2% do total de vencimentos no ano.
No acumulado de 2007, este percentual era de 40,1%.Já os débitos com cartões de crédito e financeiras ficaram com a segunda posição e 33,7% de participação, mais do que os 30,2% de 2007.

Cheques sem fundos e protestos
Os cheques sem fundos, por sua vez, ficaram em terceiro lugar na representatividade das dívidas, com 21% do total, percentual menor do que o registrado no ano anterior (27,2%).Por último e com menor impacto no indicador, aparecem os títulos protestados, cuja proporção foi de 2,2%, inferior ao de 2007 (2,6%).

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