sábado, 7 de fevereiro de 2009

Falando na Alemanha...

O repórter colaboradorAugusto Paim idealizou e dirigiu a primeira edição internacional do Fiz+Sotaques. Da Alemanha, ele compartilha a opinião de Oliver Batsch, alemão, sobre a visão histórica do que representa o Brasil em terras alemãs.

Talvez faltava um pouco a Ute (ou a Christine) falar sobre a imagem que ela teve do Brasil antes da primeira vez que ela foi para la (tipo um menino inglês e o americano tbm falavam que els acharam que tem "macacos na rua" - ou que as pessoas no pais deles acharam isso). Pois eu acho a imagem que nós temos pode ser diferente dos americanos ou ingleses. Fora de carnaval, samba, festas, praias, pessoas/mulheres bonitas etc; tem também a imagem da violência e dos problemas com o meio ambiente (assunto bem alemao :-)).

Mas, em geral, tenho a impressão que a nossa imagem do Brasil é muito positiva. Acho um dos poucos países do mundo que um alemao vai ver numa forma tão positiva (isso inclui também a gente do Brasil). E Rio ate os anos 70 ou 80 era considerado um "sonho". Tudo que se gosta do Brasil para a nossa consciência se encontrava no Rio (acho que ja mencionei a inesquecível frase da minha mãe: "Sempre quis viajar para o Rio, era meu sonho - mas nunca me toquei que o Rio fica no Brasil").

Esta imagem positiva talvez mudou com os reportagens sobre a violência, por exemplo - e também porque muitos alemães começaram se interessar para outros "paraísos" menos violentos (Tailândia, Maledivas, Sychellas, São Fransicsco, etc). Na propaganda ainda "se brinca" com Rio - "o paraíso" - mas em geral eu tenho a impressão que não é mais assim.

Interessante também é como os alemães veem os brasileiros. Isso podia ser interessante para os Au Pairs, pois a maioria das famílias acredita que brasileiros tem um dom para crianças (eles estão generalizando - acham que todos os brasileiros se dão super bem com qualquer criança). Eles adoram que os brasileiros são mais "corporais" - que eles abraçam as crianças, dão carinhos (fisicamente). Uma característica que eles talvez não esperam de uma babá da Alemanha ou um Au Pair de um pais "frio".

E, claro, um homem do Brasil deve ser um "Ronaldinho" no campo de futebol (Christine não fez questão de dizer, mas outras famílias que querem um homem sim)"

Oliver Batsch
APN

Um comentário:

Anônimo disse...

É isso aí gente. Temos que usar esse espaço para publicar as opiniões. São fundamentais as observações do Oliver. Eu as considero uma continuação da discussão...

Isso aí!