quinta-feira, 31 de julho de 2008

Moradores de Rua

A reprise do Fiz + Sotaques desta segunda-feira foi o programa a invisibilidade dos visíveis. Falar sobre as pessoas que vagam pelas ruas, aparentemente sem rumo, é difícil - já que insistimos em não ver o pedinte na nossa frente, ou fechamos o vidro na cara da menina do farol.

Alguns projetos acolhem tais pessoas que, diferentemente do que pensa o senso comum, têm familiares e até alto nível de escolaridade. O que elas não têm é a base psicológica, a estrutura psíquica que faz com que os seres humanos não se "descontrolem". E é tão difícil entender isso, já que ao tomar essa atitude de afastamento é como se dissermos "aquele lá não sou eu".

Se foi difícil para os repórteres - e aqui falo por mim e creio que pelos outros que também participaram da edição - abordarem moradores de rua com uma cãmera e perguntas... é assim para a sociedade. Por que ter medo? É medo isso que sentimos quando um pedinte se aproxima, levanta o olhar enquanto nós desviamos a cabeça?

Conheça a Revista OCAS, que dá voz aos moradores de rua em publicações que eles mesmos vendem e, além de um veículo de expressão, é uma maneira de trabalho que os recoloca como cidadão.

E também a Rede Rua, ONG paulistana que trabalha com os direitos dos moradores de rua.

Claro que não estamos pregando sair por aí falando com estranhos... apenas vê-los, e saber que não, eles não são invisíveis.
Gabriela Stripoli

terça-feira, 22 de julho de 2008

O crime compensa...

Dando início aos ''causos'' e depoimentos sobre a produção de cada programa: Leandro Lopes, diretor do Fiz + Sotaques, conta como foi a realização da primeira edição, depois de tanto imaginar um programa plural com repórteres em vários cantos do país.
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Foram madrugadas ao sabor das ‘doces-amargas’ saladas de sentimentos. Em um momento angústia, no outro, alegria, logo depois... desespero. Aí achava que não daria tempo, mas enfim, finalmente, graças ao São Protetor das Tecnologias Vencíveis, o vídeo ficou pronto! “Aleluia!”, ouvi os anjos da consciência pesada gritarem. Estava finalizado o primeiro dos muitos que viriam, estava com início, meio e fim, o Fiz + Sotaques de estréia.

Ninguém havia dito que seria uma tarefa fácil. Primeiro desafio foi superar a comunicação não-oral, a falta de uma boa conversa tête-à-tête. Tudo tinha que ser minuciosamente dito e redito, lido e relido nas conversas sonolentas de uma madrugada afora via msn. Depois, era hora de receber todos os vídeos, um por um, e baixá-los ao mesmo modo (um por um). O computador, nesse momento, trabalha muito mais que eu, não posso negar. Aí chega a hora de assistir tudo e selecionar fala por fala; pedaço por pedaço. E sentir o coração partir porque aquela fala está ótima, mas ficaria solta nesse vídeo. Isso aconteceu o tempo todo. Aliás, entrevistar as pessoas certas gera esse problema: quase tudo que elas falam merece espaço. Mas alguém já disse: ‘a vida é uma ilha de edição’. E editar é muito mais que cortar palavras (como sugeria Drummond): é cortar idéias.

Depois do pré-roteiro estabelecido, hora de explicar detalhe por detalhe ao editor (que assim como nós, pela primeira vez vê e participa de um processo como esse). Daí em diante, basicamente, é negociar ‘tira isso’, ‘coloca isso’, ‘põe essa sonora aqui’, ‘encaixa essa fala lá’. E a idéia – que começou em uma reunião de pauta com gente de tudo que é canto do país em frente ao computador ao mesmo tempo – vai ganhando forma, braços, pernas, cabeça e nasce, e nos enche de orgulho, e arranca comentários, e nos faz dizer: as madrugadas e as saladas valem a pena. O crime compensa!
Leandro Lopes

sábado, 19 de julho de 2008

Férias?

O Fiz + Sotaques entra em folga para a produção de novos programas.

Folga? Que folga?

Estamos trabalhando na segunda temporada, com novos temas e reportagens. Enquanto isso, alguns programas serão reprisados e manteremos aqui, no blog, um canal de contato com o público.

O que acontece durante a produção? Como é feita cada entrevista? Chegamos a grandes nomes representantes de cada assunto e sabemos que é interessante para vocês saberem como é o backstage de um programa produzido nos quatro cantos do país. E a cada entrevista, a cada tema ou reunião, sempre tem alguém com uma grande história.

Na próxima segunda-feira, dia 21 de julho, a primeira reprise será o programa de estréia que teve como tema 'sotaques'. E a cada edição exibida nessa folga, colocaremos aqui no blog causos que surgiram delas.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Programa nº 6!

O Fiz + Sotaques desta semana fala sobre a ditadura, 40 anos depois da implantação do AI-5. Mas não tem coisa mais batida, né? Ditadura para cá, ditadura para lá, volta e meia fala-se sobre isso.

Mas sempre que se fala, fala-se sobre o eixo Rio - São Paulo. E o resto do país?

O que aconteceu em Porto Alegre, RS? E em Irará, BA? Como Belo Horizonte, MG, viveu esse período? E Cuiabá, MT?

A primeira parte do programa "Ditadura Descentralizada" você vê aqui:



Descentralizamos também o programa, que está em duas partes. Eheheh. Veja a segunda:

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Programa nº 5!

A quinta edição do Fiz + Sotaques fala sobre o lado B do esporte, ou seja, todas aquelas questões que envolvem a atividade esportiva, interferindo humanamente na performance de um atleta, e que geralmente não são mostradas. Exemplos: convívio com a dor, ansiedades, expectativas, frustrações, etc.

Em suma, o programa fala do atleta não (apenas) como herói, mas sim como ser humano.

Eis a primeira parte:


Agora a segunda: